domingo, 24 de abril de 2011

Sábado

Também chamado de Sábado de Aleluia, é o último dia da Semana Santa.
Em Jerusalém, os sacerdotes, lembrando-se que Cristo tinha dito que ressuscitaria ao terceiro dia e com medo que alguém pudesse roubar o corpo, selaram a pedra tumular e puseram guardas para que ninguém lhe pudesse tocar.
Os cristãos primitivos passavam este dia em descanso e oração silenciosa, guardando jejum absoluto.
No dia de hoje, os altares são desnudados ou despojados, tal como na Sexta-feira Santa, não se celebrando missa. Em alguns lugares, a manhã é dedicada à Celebração das Dores de Maria,
Ao pôr-do-sol, inicia-se a Vigília Pascal, dando início à Páscoa, sendo a celebração mais importante do calendário litúrgico cristão, por ser a primeira celebração oficial da Ressurreição de Jesus. É marcada pela primeira entoação desde o início da Quaresma, do “Glória” e do “Aleluia”, uma característica litúrgica do Tempo Pascal. Na tradição católica romana, a Vigília Pascal consiste de quatro partes:
1)Breve Lucernário
2)Liturgia da Palavra ou Celebração da Palavra
3)Liturgia Batismal ou Celebração da Água
4)Liturgia Eucarística ou Celebração da Eucarístia
A vigília começa após o pôr-do-sol no Sábado Santo fora da igreja, onde o fogo ou fogueira é abençoada pelo celebrante. Este novo fogo simboliza o esplendor do Cristo ressuscitado dissipando as trevas do pecado e da morte. O Círio pascal ou (vela pascal) é abençoado com um rito muito antigo. Esta vela pascal será usada em toda o Tempo Pascal, permanecendo no santuário da igreja e durante todo o ano em baptismos, Crismas e funerais, lembrando a todos que Cristo é a "luz do mundo". Assim que a vela for acesa segue-se o antigo rito do Lucernário, em que a vela é carregada por um sacerdote ou diácono através da nave da igreja, em completa escuridão, parando três vezes e cantando a aclamação: "Lumen Christi" ou Luz de Cristo (em português), ao qual a assembleia responde "Deo Gratias" (Graças a Deus). A vela prossegue através da igreja, e os presentes empunham velas que são acesas no Círio pascal. Como este gesto simbólico representa a "Luz de Cristo" espalhando-se por todos, a escuridão é diminuída. Assim que a vela é colocada num lugar dignamente preparado no santuário, é incensada pelo diácono, que entoa solenemente o canto Exulted, de tradição milenar, conhecido também como Proclamação da Páscoa, ou Pregão Pascal.
Ao findar do canto, apagam-se as velas e inicia-se a Liturgia da Palavra. A Liturgia da Palavra é composta de sete leituras do Antigo Testamento, que são como um resumo de toda a História da Salvação. No fim é cantado o “Glória in Excelsis Deo”, ouvindo-se o toque dos sinos.
Após a celebração da Liturgia da Palavra, segue-se a bênção da água da pia baptismal sendo administrado o baptismo aos que desejam ser iniciados na Igreja.
Depois da oração, a Liturgia Eucarística continua como de costume, sendo tradição a utilização da Oração Eucarística I, ou Cânon Romano, a mais solene de todas. Esta é a primeira missa do dia da Páscoa. Durante a Eucaristia, os recém-baptizados adultos recebem a Sagrada Comunhão pela primeira vez, podendo ou não serem crismados também. Ao amanhecer, as cerimónias terminam para dar lugar à Páscoa. Jesus ressuscita, voltando de novo a Luz ao mundo.



Pietá ou Nossa Senhora da Piedade - Frei Cipriano da Cruz

Nascido em Braga, professou no Mosteiro de Tibães em 1676 e foi o mais notável escultor barroco seiscentista português, entre 1676 e 1713, sendo esta escultura em madeira de castanho, uma das suas melhores obras.
Faleceu em 1716 estando sepultado naquele mosteiro.
“Esta imagem mostra Nossa Senhora, sentada, sustentando o corpo inerte do seu Filho, apoiando-lhe a cabeça com a mão direita e segurando-lhe o braço com a esquerda. Apresenta-se coberta por amplos panejamentos em tons de vermelho, azul e ouro, estofados e com decoração aplicada, formando motivos vegetalistas. Tem túnica muito ampla, touca branca e, sobre ela, um manto que envolve toda a composição.
O rosto é marcado pelos olhos grandes, congestionados, virados para o alto, em gesto de resignação e dramatismo. Cristo, estendido obliquamente no regaço da Mãe, apoia os pés moribundos no solo.”
Ana Alcoforado -mnmachadodecastro.imc-ip.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário