sábado, 4 de abril de 2015

PÁSCOA 2015


Domingo de Ressurreição

Páscoa ou Domingo da Ressurreição é uma festividade religiosa que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento. É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa cristã. A data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao Advento. O domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um período de quarenta dias de jejum, orações e penitências e seguido por um período de cinquenta dias chamado Época da Páscoa que se estende até o Domingo de Pentecostes.
O termo "Páscoa" que significa passagem deriva, através do latim Pascha e do grego bíblico Πάσχα Paskha, do hebraico פֶּסַח (Pesaḥ ou Pesach), a Páscoa judaica.
É também uma festa móvel, o que significa que sua data não é fixa em relação ao calendário civil. O Primeiro Concílio de Niceia (325) estabeleceu a data da Páscoa como sendo o primeiro domingo depois da lua cheia após o início do equinócio vernal (a chamada lua cheia pascal). Do ponto de vista eclesiástico, o equinócio vernal acontece em 21 de março (embora ocorra no dia 20 de março na maioria dos anos do ponto de vista astronómico) e a "lua cheia" não ocorre necessariamente na data correta astronómica. Por isso, a data da Páscoa varia entre 22 de março e 25 de abril (inclusive). Os cristãos orientais baseiam seus cálculos no calendário juliano, cuja data de 21 de março corresponde, no século XXI, ao dia 3 de abril no calendário gregoriano utilizado no ocidente. Por conseguinte, a Páscoa no oriente varia entre 4 de abril e 8 de maio inclusive.
A Páscoa já era comemorada antes da época de Jesus Cristo. Tratava-se da comemoração do povo judeu por terem sido libertados da escravidão no Egito, que durou cerca de 400 anos. Essa libertação coincidiu com a Primavera, que ocorria no mês hebraico (nissan) que corresponde mais ou menos aos últimos dias de Março e meados de Abril, quando na bacia do Mediterrâneo começava a Primavera.
Os costumes pascais variam bastante entre os cristãos do mundo inteiro e incluem missas matinais, a troca do cumprimento pascal e de ovos de Páscoa, que eram, originalmente, um símbolo do túmulo vazio. Muitos outros costumes passaram a ser associados à Páscoa e são observados por cristãos e não-cristãos, como a caça aos ovos, o coelho da Páscoa e a Parada da Páscoa. Há também uma grande quantidade de pratos típicos ligados à Pascoa e que variam de região para região.
A produção de imagens ancoradas na temática hierática e, sobretudo, na emblemática figura do Cristo, remonta às representações artísticas da Alta Idade Média, documentadas a partir do século III. No período paleocristão, a concepção iconográfica de Jesus encontra-se representada quase que exclusivamente na figura do Cristo como o “Bom Pastor”. O enriquecimento da cultura iconográfica cristã após a promulgação do Édito de Milão permitiu a ampliação dos ciclos narrativos.
Na Baixa Idade Média, a predominância da figura de Cristo como “bom pastor” foi sendo progressivamente substituída pela do “cordeiro em sacrifício”, abrindo espaço para as representações do episódio da ressurreição. A fonte primária do tema é o Evangelho de João (capítulos 20 e 21), em que se narra de forma concisa o fenómeno da ressurreição e da aparição de Jesus a Maria Madalena.
A cena do Cristo ressuscitado, ostentando o estandarte da ressurreição, e elevando-se sobre o sarcófago na presença dos soldados – alternativamente retratados inconscientes, fascinados ou espantados diante do fenômeno que observam –, tornou-se relativamente frequente na cultura pictórica do Renascimento. Artistas como Perugino e Piero della Francesca dedicaram-se ao tema, que, ademais, encontra ressonâncias para além das fronteiras italianas, nomeadamente na Alemanha, em obras de Matthias Grünewald e Albrecht Altdorfer.



A Ressurreição de Cristo – Piero della Francesca

A Ressurreição é uma pintura do grande mestre renascentista italiano Piero della Francesca, terminada por volta de 1460. Aldous Huxley referiu-se a ela como ‘a pintura mais bela do mundo’. Pode ser vista no Museo Civico de Sansepolcro (Toscânia), cidade natal do artista. O tema da imagem faz alusão ao nome da cidade (que significa "Santo Sepulcro"), derivada da presença de duas relíquias do Santo Sepulcro, realizado por dois peregrinos no século IX. Cristo está também presente no brasão da cidade.
Jesus está no centro da composição em forma piramidal, retratado no momento de sua ressurreição, como sugerido pela posição do pé no parapeito. A Sua figura, retratada com uma fixidez icónica e abstracta (e descrita por Aldous Huxley como "atlético"), paira sobre quatro soldados dormindo, o que representa a diferença entre o humano e o divino (ou a morte, derrotada pela luz de Cristo). A paisagem, imersa na luz do amanhecer, também tem um valor simbólico: o contraste entre as árvores florescendo na direita e os descalços na esquerda alude para a renovação dos homens através da luz da ressurreição.
Segundo a tradição, o soldado dormindo na armadura esverdeada à direita de Cristo é um auto-retrato de Piero. O contacto entre a sua cabeça e a haste da bandeira Guelfo transportada por Cristo é suposto representar o contacto do artista com a divindade. Outra curiosidade é que aparentemente o soldado com o escudo não tem pernas
Sansepolcro escapou ao fogo de artilharia durante a 2ª Guerra Mundial, porque Anthony Clarke, o capitão britânico encarregado da tarefa, havia lido o artigo já mencionado, de Aldous Huxley, sobre esta obra. O capitão nunca tinha visto a pintura, mas no último momento (os bombardeamentos já tinha começado) lembrou-se onde tinha ouvido falar de Sansepolcro e ordenou aos seus homens para parar. Uma mensagem recebida mais tarde informou que os alemães já se tinham retirado da área - o bombardeamento não foi necessário. A cidade, juntamente com o seu famoso quadro, sobreviveu e Clarke entrou na cidade à procura da pintura encontrando-a intacta. Saudado como um herói local tem em Sansepolcro uma rua com o seu nome.

Fontes e Imagem:www.wikipedia.org

Para todos os votos de uma Páscoa Feliz!




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